sábado, 22 de junho de 2013

CID: C34.9

Já não tens o tempo
que tu tinhas antes
teu corpo que se arrasta
de maneira arquejante
tua dentadura gasta.

Já não aguentas muito esforço
teus movimentos hesitantes
tua voz anda tão fraca
e o que outrora foi teu semblante
agora é uma imagem opaca.

Mas teus olhos ainda são brilhantes
Como fogueira, e não fagulha
força que corre, de forma constante
Em tuas veias marcadas de agulhas.

(mas a cada vez dormes mais e mais
tanto que um dia
não irás acordar)

Já não tens o tempo
que tu tinhas antes.

Acorda, vô,
sua transfusão de sangue
já acabou.

Um comentário: