Já não tens o tempo
que tu tinhas antes
teu corpo que se arrasta
de maneira arquejante
tua dentadura gasta.
Já não aguentas muito esforço
teus movimentos hesitantes
tua voz anda tão fraca
e o que outrora foi teu semblante
agora é uma imagem opaca.
Mas teus olhos ainda são brilhantes
Como fogueira, e não fagulha
força que corre, de forma constante
Em tuas veias marcadas de agulhas.
(mas a cada vez dormes mais e mais
tanto que um dia
não irás acordar)
Já não tens o tempo
que tu tinhas antes.
Acorda, vô,
sua transfusão de sangue
já acabou.
Céus, me tocou. Que bonito, simplório e... envolvente.
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