Já não tens o tempo
que tu tinhas antes
teu corpo que se arrasta
de maneira arquejante
tua dentadura gasta.
Já não aguentas muito esforço
teus movimentos hesitantes
tua voz anda tão fraca
e o que outrora foi teu semblante
agora é uma imagem opaca.
Mas teus olhos ainda são brilhantes
Como fogueira, e não fagulha
força que corre, de forma constante
Em tuas veias marcadas de agulhas.
(mas a cada vez dormes mais e mais
tanto que um dia
não irás acordar)
Já não tens o tempo
que tu tinhas antes.
Acorda, vô,
sua transfusão de sangue
já acabou.
sábado, 22 de junho de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
Interfone
Como vai?
Tu ainda escreve
aqueles poemas soturnos
à noite?
Conte-me sobre
seus fracassos
e vitórias
suas quedas
e vanglórias.
Como vai?
Tu ainda bebe
ouvindo canções do Lupicínio
à noite?
Deixe-me entrar
atenda ao telefone
só não me deixe aqui fritando
em frente ao interfone.
Tu ainda escreve
aqueles poemas soturnos
à noite?
Conte-me sobre
seus fracassos
e vitórias
suas quedas
e vanglórias.
Como vai?
Tu ainda bebe
ouvindo canções do Lupicínio
à noite?
Deixe-me entrar
atenda ao telefone
só não me deixe aqui fritando
em frente ao interfone.
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